Prolegomenon-Português

[ atualização da página: 2017-VI-23 ]


Introdução. O Prolegomenon dessa Segunda Edição, em português, é aqui apresentado, seguido das versões em português dos Prolegomena incluídos na série original de Nomenclatura Oligochaetologica: N.O. (Reynolds e Cook, 1976), N.O.S.P. (Reynolds and Cook, 1981), N.O.S.S. (Reynolds e Cook, 1989), e N.O.S.T. (Reynolds e Cook, 1993).

Agradecemos nosso colega e amigo, Dr. George G. Brown, pela tradução do Prolegomenon dessa segunda edição, e por revisar o português das traduções anteriores (do Dr. Gilberto Righi) dos Prolegomena da série original de N.O. – J.W.R. e M.J. Wetzel (2014)



PROLEGOMENON

Nomenclatura Oligochaetologica Editio Secunda 2014

Essa Segunda Edição da Nomenclatura Oligochaetologica [N.O.2] atualiza (Addenda Editioni Primae) e corrige (Corrigenda Editioni Primae) os nomes genéricos, subgenéricos, específicos e infra-específicos dos oligoquetas publicados até o momento. Integramos os registros incluídos na N.O. (Reynolds e Cook, 1976) com aqueles apresentados nos três suplementos– N.O.S.P. (Reynolds e Cook, 1981), N.O.S.S. (Reynolds e Cook, 1989), e N.O.S.T. (Reynolds e Cook, 1993). Também atualizamos os registros e sua informação associada, adicionamos registros de novos taxa descritos desde a publicação da N.O.S.T. em 1993, e expandimos o Index Auctorum, Index Auctoritatum, Index Museorum, Glossarium e Referências da série original da N.O.

A informação apresentada nas páginas de recursos, com links da esquerda para a direita na barra superior de navegação desse website foi ampliada a partir da série original da série N.O., e reestruturada para fácil acesso usando esse formato web.

Gêneros foram alocados às mesmas 36 famílias reconhecidas no terceiro suplemento (N.O.S.T.: Reynolds e Cook, 1993), mais três novas famílias adicionadas aqui: Parvidrilidae [Erséus, 1999; Proc. Biol. Soc. Wash. 112(2): 328], Tumakidae [Righi, 1995; Stud. Trop. Andean Ecosystems 4(16): 600], e Tritogeniidae [Plisko, 2013; African Invertebrates 54(1): 79]. Citações para essas três publicações foram incluídas na página de Referências com um link na barra de navegação esquerda desse website.

Também estabelecemos uma página titulada Perspectivas Atuais, acessível desde a barra esquerda (marrom) de navegação. Nela, adicionamos citações (e seus abstracts ou resumos) de publicações que ressaltam perspectivas novas e contínuas da oligoquetologia, incluindo aquelas enfocando a classificação, filogenia, taxonomia, sistemática e nomenclatura.

Registros novos nessa segunda edição – aqueles descritos como novos para a ciência desde a publicação da N.O.S.T. em 1993, e os registros que foram inadvertidamente omitidos das seguintes edições – não possuem colchetes com referência à série (por ex., ‘[N.O., p. x]’, ‘[N.O.S.P., p. x]’, ‘[N.O.S.S., p. x]’, or ‘[N.O.S.T., p. x]’).

Essa segunda edição na web será atualizada assim que possível após serem recebidas adições, correções ou omissões, de nossos colegas.

Convidamos aos nossos colegas, cuja língua nativa não aparece atualmente nessa segunda edição, a enviarem traduções do Prolegomena apresentado na série original, do Prolegomenon dessa segunda edição, e do Glossarium. – J.W.R. e M.J. Wetzel (2014)


Citação recomendada desse catálogo on-line:

Reynolds, J.W. and M.J. Wetzel. 2017. Nomenclatura Oligochaetologica – A catalogue of names, descriptions and type specimens. Editio Secunda. URL: https://www.inhs.illinois.edu/people/mjwetzel/nomenoligo (accessed: date).


Traduções realizadas por: Dr. George G. Brown, Pesquisador em Ecologia do Solo, Embrapa Florestas,
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Colombo/PR, Brazil

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PROLEGOMENON

como se presenta en Nomenclatura Oligochaetologica (Reynolds e Cook, 1976: 22-28)

Os Oligochaeta constituem urn grupo importante dos anelídeos, que inclue as minhocas terrestres e urn nümero de outras menos conhecidas, algumas das quais de consideravel interesse filogénetico e zoogeográfico. Elas sãc o componente vital de muitos ecosistemas terrestres e os grupos aquáticos desempenham importante fator de reciclagem no bentos de lagos, lagoas e rios, especialmente em situações de eutrofizacao natural ou poluição, Duas familias contem espécies marinhas bem sucedidas, algumas das quais estāo, aparentemente, confinadas às profundidades abissais.

Para compreender a biologia deste grupo onipresente de organismos, os pesquisadores devem classificar seus animais com absoluta segurança. Entretanto, a taxonomia dos oligoquetos é intrinsicamente complexa e repleta de dificuldades oriundas de fatores históricos. Nossa finalidade é remover algumas das dificuldades históricas e assim, provir os sistematas e outros pesquisadores interessados nos Oligochaeta, com urn instrumento básico para facilitar suas pesquisas. Procuramos atingir esta finalidade, fomecendo urn catálogo de nomes genéricos, específicos, subespecíficos e de variedades, acompanhados de citações das descrições originais, de urn apanhado histórico da disposição generica das espécies e a localização ou destino dos espécimens tipos, quando conhecidos.

Nestas considerações introdutorias, apresentamos urn breve esboço histórico e sistemático dos Oligochaeta e uma revisão dos maiores trabalhadores no campo, vizando auxiliar os leitores não especializados; traçamos o desenvolvimento da Nomenclatura Oligochaetologica e concluimos por expor o modo de usar o índice, com alguns exemplos específicos. Devido aos oligoquetos e os taxonomistas que tern tentado (ou estão tentando) coloca-los em ordem, não estarem restritos apenas a uma área linguistica, apresentamos estes comentários introdutórios em 6 linguas.

Os Oligochaeta – uma revisāo

Os oligoquetos podem ser definidos como anelideos tipicamente segmentados, bilateralmente simétricos, clitelados, hermafroditas, de desenvolvimento direto, com celoma espaçoso, um prostômio pré-oral, uma boca ventral e anterior, um anus posterior e um número relativamente pequeno de cerdas, que estão usual mente dispostas em 4 tufos discretos por segmento, exceto no prostômio. Essencialmente isto é um plano estrutural do corpo denominado “um tubo dentro de um tubo”. O tuba externo, ou parede do corpo, compõem-se de uma cutícula externa segregada pela epiderme, uma camada de musculos circulares e uma camada íntern de músculos longitudinais. A boca continua-se por um tuba digestivo retilíneo, composto de um epitélio ciliar de revestimento, uma fina camada de musculatura circular e uma capa de células cloragógenas. O tuba digestivo modifica-se na extremidade anterior para ingestão (uma espessa almofada celular dorsal e eversivel, associada pelo menos com músculos retratores), para finalidades mecânicas (uma moela forte mente muscular encontra-se em todas as famílias de megadrile e numa espécie de Haplotaxis), e para auxiliar a digestão (glândulas faríngeas, glândulas calcíferas). O sistema vascular esta intimamente associado ao tuba digestivo. Consiste basicamente de dois vasos principais, o dorsal e o ventral, que se ligam, em cada segmento, seja diretamente, por cornissuras, seja indiretamente, via um plexo intestinal. Um cordão nervoso ventral e duplo estende-se atraves de todo o cornprirnento do corpo; ele possue urn ganglio em cada segmento e liga-se anteriormente com o cerebro dorsal. A excreção é feita essencialmente por nefrídios segmentares, que em geral faltam em alguns segmentos anteriores e na região da genitália. Em alguns casos, os nefrídios podem estar reduzidos a um pequeno número ou a apenas um. O aparelho genital consiste de um ou dois pares de testiculos (raremente mais), cujos produtos são conduzidos para o exterior através de funis seminais e canais deferentes ciliados e pares. Em muitas famílias, alguns órgãos ectodérmic os mais ou menos elaborados de armazenamento, nutrição ou intromitentes (átrio, glândulas prostaticas e penis respectivamente), ou todos eles, formam parte da genitália masculina. Posteriormente ao aparelho masculino, encontram-se um ou dois pares de ováries e de pequenos funis ovulares. Camaras ectodérmicas que recebem e armazenam esperma após a cópula (as espermatecas) encontram-se geralmente próximo à região das gônadas. Ovos relativamente ricos em vitelo sac postos em casulos secret ados pelo clitelo glandular; o desenvolvimento é direto.

A mais moderna classificação dos Oligochaeta foi proposta por Brinkhurst & Jamieson (1971), que reconheceram: 3 ordens e 14 famílias dentro da subclasse Oligochaeta (classe Clitellata) (vide infra). Nesta obra nós seguimos a classificação básica de Brinkhurst & Jamieson, mas reconhecemos 10 familias de Lumbricina (marcadas com * abaixo) não incluidas em seu esquema. Nós assinalamos gêneros para cada uma das seguintes famílias:

  • Ordem Lumbriculida
      • Família Lumbriculidae
  • Ordem Moniligastrida
      • Família Moniligastridae
    • Ordem Haplotaxida
      • Subordem Haplotaxina
        • Família Haplotaxidae
      • Subordem Tubificina
      • Super-família Tubificoidea
        • Família Tubificidae
        • Família Phreodrilidae
        • Família Dorydrilidae
        • Família Naididae
        • Família Opistocystidae
      • Super-família Enchytraeoidea
        • Família Enchytraeidae
      • Subordem Lumbricina
      • Super-família Alluroidoidea\
        • Família Alluroididae
      • Super-família Lumbricoidea
        • Família Lumbricidae
        • Família Komarekionidae*
        • Família Diporochaetidae*
        • Família Ailoscolecidae*
        • Família Glossoscolecidae
        • Família Sparganophilidae*
        • Família Criodrilidae*
        • Família Microchaetidae*
        • Família Hormogastridae*
      • Super-família Megascolecoidea
        • Família Megascolecidae
        • Família Acanthodrilidae*
        • Família Ocnerodrilidae*
        • Família Octochaetidae*
        • Família Eudrilidae

     

    Este esquema exclue as Aelosomatidae dos oligoquetos por várias razôes anatômicas (Brinkhurst & Jamieson 1971: 176-177). Embora pelo menos urn de nós (D.G.C.) concorde, que as aelosomatideas não são oligoquetos, nós as incluimos neste catálogo, porque muitos dos dados foram anteriormente acessíveis para nós e, porque, alguns dos usuários potenciáis da Nomenclatura poderiam considerar sua inclusão de valia. Eliminamos as Branchiobdellidae desta obra, uma vez que os estudiosos do grupo não as consideram mais como oligoquetos. Nenhum de nós trabalha ativamente com Enchytraeidae, dai este grupo pode ter recebido menor atenção do que as outras famílias.

    Reconhecemos que possam ser levantadas dúvidas sobre esta e anteriores versões da classificação superior (supra-familiar) dos oligoquetos. Entretanto, as divisões familiares são relativamente bem estabelecidas, exceto na subordem Lumbricina, que pede conter de 5 a 15 famílias, dependendo de qual interpretação taxonômica seja seguida. As maiores farnilias nas outras subordens (especialrnente microdriles) foram estabelecidas na passagem do século, principalmente pelos três gigantes da sistemática dos oligoquetos, Franz Vejdovský, Wilhelm Michaelsen e Frank Beddard.

    As maiores contribuições para a taxonomia dos oligoquetos, anteriores a Vejdovský, indue os trabalhos de Linneus (1758), O. F. Müller (1774), Lamarck (1816), Savigny (1826), Dugès (1828), Hemprich & Ehrenberg (1831) e Grube (1850). O tratamento de Grube para o grupo é especial mente interessante, porque ele reconhece duas divisões maiores, Naidea e Lumbricina. Estas divisões correspondem, mais ou menos, às não naturais, mas altamente úteis e convenientes dos microdriles e megadriles, que sac largamente usadas hoje. As famílias Aelosomatidae, Naididadae, Tubificidae e Enchytraeidae constituem as Naidea de Grube, e suas Lumbricina compreendem às Lumbriculidae, Haplotaxidae, Megascolecidae, Glossoscolecidae e Lumbricidae. Nossa atual concepção destas duas categorias artificiáis é a seguinte: os microdriles, predorninantemente aquáticos e relativamente pequenos, estão constituidos pelas famílias Tubificidae, Naididae, Lumbriculidae, Phreodrilidae, Opistocystidae, Dorydrilidae, Haplotaxidae, Enchytraeidae e Alluroididae; os megadriles , predorninantemente terrestres e relativamente grandes, contem as Moniligastridae, Glossoscolecidae, Lumbricidae, Megascolecidae, Eudrilidae, e as 10 famílias que não foram incluidas em Brinkhurst & Jamieson (1971).

    A parcialmente ecológica e parcial mente taxonômica divisao dos Oligochaeta reflete-se nas próprias atividades dos sistematas dos oligoquetos. Assim, pesquisadores atuais tendem a restringir-se seja a uma ou a poucas famílias dos microdriles, seja a uma parte dos megadriles; só algumas vezes, um taxonomista individual contribue em ambos os campos. Uma consequencia infeliz desta restrição é a crescente falta de comunicação entre os sistematas de microdriles e megadriles. Os dois grupos tendem a publicar em diferentes tipos de revistas, frequentam diferentes rcuniões cientificas e desenvolvem seus proprios sistemas de nomenclatura anatômica. A última é particularmente prejudicial, pórque obscurece ou complica os problemas relativos às homologias das várias estruturas em microdriles e megadriles. Assim, a despeito do fato de que a mais recente monografia sobre Oligochaeta foi o esforço conjunto de um especialista de microdrile e de outro de megadrile (Brinkhurst & Jamieson, 1971), nós ainda não podemos reconciliar completamente as partes do aparelho genital de um microdrile com o de um megadrile. Em vista disto e ante o risco de perpetuar esta divisão das pesquisas oligoquetológicas, nós apresentamos breves apanhados sobre os principais trabalhadores nos dois campos.

    Principais investigadores nos Oligochaeta megadrile

    A 10o edicao do Systema Naturae de Linnaeus listou apenas duas espécies de Vermes – urn oligoqueto (Lumbricus terrestris) e um segundo (Lumbricus marinus), que foi transferido, muito tempo após para os poliquetos. Até os principios de 1820, todos os pesquisadores pensavam que havia apenas uma espécie de minhoca terrestre. Em 1826, Savigny descreveu 20 espécies de Lumbricidae da rcgião de Paris, ilustrando a diversidade das minhocas, que se tornou evidente nos anos seguintes.

    Os principais oligoquetologistas terrestres foram europeus , que estudaram a fauna européia nos próprius paises e no estrangeiro. Estes foram inicialmente Hoffmeister na Alemanha, Perrier e Vaillant na França, Eisen na Suécia e nos Estados Unidos e Vejdovský na Tchecoslovaquia. Próximo ao fim do século XIX, outros estudiosos europeus e orientais penetraram no campo. Estes foram notavelmente Michaelsen, cujos trabalhos circundam o globo, Beddard e Friend na Inglaterra, Benham na Inglaterra e Nova Zelândia, Fletcher e Spencer na Australia, Horst na Holanda, Rosa na Italia e outros paises, Ude na Alemanha e Goto e Hatai no Japão. Na primeira metade do século XX, como as viagens tornaram-se mais fáceis e mais baratas, cairam as barreiras geográficas e os pesquisadores não se restringiram mais aos seus ambientes imediatos. Durante a primeira metade deste seculo, os principais contribuidores foram: Michaelsen, Gates, Cognetti, Rosa, Stephenson, Černosvitov, Beddard, Chen, Pickford, Smith, Pop, Kobayashi e Ribaucourt. No entretanto, na segunda metade do seculo XX, a tendência tem sido de voltar às pesquisas regionais. As condições econômicas são tais, que viagens globais tem sido grandemente abreviadas. Atualmente estudos taxonômicos são feitos na Australia por Jamieson e seus estudantes, na África do Sul por Reinecke e seus estudantes, na América do Sul por Righi e seus estudantes, no subcontinente Indiano por Julka e seus colegas e na América do Norte por Gates, McKey-Fender e o falecido Murchie. Ainda os europeus são a maior fonte de investigadores, on de Alvarez, Bouché, Graff, Omodeo, Perel, Plisko, Pop, Šapkarcv e Zicsi trabalham com a fauna européia, enquanto Easton, Sims e o falecido Ljungström especializam-se em vermes ou regiões não européias.

    Principais investigadores nos Oligochaeta microdrile

    Pesquisadores de oligoquetos começaram lentamente a reconhecer espécies diferentes de microdriles, aproximadamente 15 anos após Linnaeus ter estabelecido Lumbricus. Em 1774 O. F. Müller descreveu 0 lumbriculideo cosmopolita Lumbriculus variegatus (como Lumbricus) e definiu Nais, genero tipo e comum das naididea. Lamarck estabeleceu o gônero Stylaria das naididea e Tubifex, gônero tipo das Tubificidae, em 1816. Este autor separou as Naididae e Tubificidae conhecidas (como a ordem Vers hispides) das minhocas terrestres (ordem Annelides apodes) dentro da classe Verso Entretanto, outras idéias anteriores sobre a classificação dos pequenos vermes aquáticos, são algo confusas; por exemplo, em uma obra clássica, as conhecidas Aelosomatidae e Naididae foram incluidas nos Rhabdocoela (Turbellaria) (Hemprich & Ehrenberg 1831).

    Um grande esforço de trabalho foi despendido na última metade do século XIX por europeus como Claparède (na Tubificidae e Lumbriculidae européias), Eisen (Tubificidae, Lumbriculidae e Enchytraeidae norte-americanas e árticas), Vejdovský (Tubificidae, Naididae, Lumbriculidae e Enchytraeidae européias), Beddard (Tubificidae, Naididae, Lumbriculidae, Haplotaxidae e Phreodrilidae do mundo) e Michaelsen (Enchytraeidae). Na América do Norte, Joseph Leidy trabalho com Tubificidae no início de 1850 e Frank Smith começou seus estudos sobre Lumbriculidae no início de 1890. As grandes famílias de microdriles foram estabelecidas no fim do século XIX e o fato de que seus limites permaneceram consideravelmente estáveis desde então, reflete o cuidado e a perspicácia dos monografistas Vejdovský e Beddard.

    O século XX abriu auspiciosamente com o aparecimento da monografía definitiva de Michaelsen (1900), que continha descrições de todas as espécies de oligoquetos conhecidas até 1900. Ela foi seguida rapidemente pelos estudos pioneiros de Michaelsen sobre os oligoquetos do Lago Baikal, onde as Lumbriculidae foram reconhecidas como famflia diferente e filogeneticamente importante. O outro notavel sistemata da primeira metade do século XX foi o escocés John Stephenson; ele contribuiu extensivamente para o nosso conhecimento sobre microdrilesorientais, e sua monografía de 1930 é ainda uma fonte indispensavel de informações anatômicas e biológicas sobre os Oligochaeta. Outros principais investigadores deste período são Benham (Tubificidae e Phreodrilidae do hemisfério sui), Piguet, Bretscher, Černosvitov e Pierantoni na Europa (o último descreveu o primeiro oligoqueto marinho conhecido), Yamaguchi no Japão (Lumbriculidae, Haplotaxidae), Welch e Bell na América do Norte, ambos trabalhando com Enchytraeidae, Issosimov (Lumbriculidae) na Russia, Marcus (Naididae) na América do Sul.

    Um investigador prolifico e influente, cujos trabalhos estendem-se par quase 50 anos (1926 até o presente) é o Professor Sergě Hrabě da Tchecoslovaquia. Seus estudos incluem muitas das familias de microdriles, mas suas contribuições principais concernem-se às faunas de lumbriculideos e tubificideos da Europa ocidental e oriental. Mais recentemente ele se concentrou nas Tubificídae marinhas; este trabalho, juntamente com o de Brinkhurst e Cook na América do Norte, estabeleceu firmemente a existência de uma significante, mas anteriormente insuspeita, fauna de tubificídeos no mar.

    Entre a segunda guerra mundial e os dias atuais, quatro importantes monografias foram publicadas: Sperber (1948) sobre Naididae, Nielsen & Christensen (1959) sobre Enchytraeidae européias, Čekanovskaya (1962) sobre Oligochaeta aquaticos da Rússia e Brinkhurst & Jamieson (1971) sobre oligoquetos aquáticos do mundo. A última contem descrições de todas as espécies aquáticas conhecidas e fomece um tratamento realmente atualizado de todas as famílias de microdrile, com exceção das Enchytraeidae. Este importante trabalho também sumaria nossos conhecimentos anatômicos, embriológicos e ecológicos dos oligoquetos aquáticos e, pela primeira vez desde Stephenson (1930), considera todos os oligoquetos de um ponto de vista filogenético.

    As enquitraeideas necessitam muito de importante revisão taxonômic a em bases mundiais. Nós reconhecemos espontaneamente que o tratamento da família neste nomenclador possa estar incompleto, porem esperamos que nossos esforços possam auxiliar a aliviar o consideravel fardo sobre o taxonomista que se dedicará ao assunto.

    Historia e desenvolvimento da Nomenclatura Oligochaetologica

    Há já duas decadas, o Dr. G. E. Gates de Bangor, Maine, USA, corneçou a compilar um fichário sobre tipos de oligoquetos e as instituições em que eles podem ser consultados. Ele começou a Nomenclatura Oligochaetologica, porque qualquer investigador requerendo assistência sobre problemas nomenclatoriáis nos Oligochaeta encontraria imediatamente uma série de dificuldades, tais como: 1) a omissãe na literatura sistemática, até recentemente, de qualquer menção sobre os tipos e seus destinos; anteriormente a 1900 os tipos não eram indicados e muitos só vieram à luz através dos esforços de revisionistas recentes. Vários autores que descreveram muitos dos Oligochaeta, como Beddard, Gates, Michaelsen, Stephenson, nao designaram holótipos, a não ser quando a espécie foi elegida com base em um ûnico espécimem, 2) Muitos autores estão mortos e não podem ser argúidos sobre o destine de seus tipos. 3) Muitos dos tipos antigos estão em más condições devido à conservação imprópria, ou amontoados em recipientes muito pequenos para eles, e são de pequeno valor hoje em dia. 4) Muitos tipos foram perdidos ou destruidos devido a desastres naturais ou humanos; ainda com os melhores cuidados, as minhocas terrestres deterioram com a idade. 5) Se não existe tipo, a localidade tipo pode não ter sido indicada ou, mais comumente, foi muito geral (ex. nome de um pais, de uma região au ainda de um continente), ou ela pode não existir mais, devido ao avanço da civilização ou a acidentes,tomando a procura de topótipos virtualmente impossivel.

    Em 1972, após trabalhar mais de 20 anos no índice , o Dr. Gates entregou o fichário ao autor principal, a fim de comppletar o projeto e publicar os dados para o uso de investigadores atuais e futuros. Durante o periódo de Gates no projeto, ele escreveu para muitas instituições em todo o mundo, reunindo informaçoes e criando um fichário de correspondência, que nós pudemos utilizar para completar a Nomenclatura Oligochaetologica, nome que o Dr. Gates deu originalmente ao projeto. Logo após o autor principal começar a trabalhar no catálogo, surgiram oportunidades de visitar muitos museus e coleções; em varies continentes, para obter informações sobre os tipos de Oligochaeta. Foi durante a primeira viagem, que surgiu a idéia de incluir, quando possivel, em cada entrada, os números de catálogo dos tipos nas instituições.

    Em 1974, o autor principal solicitou a um antigo amigo e colega, para auxiliar na Nomenclatura Oligochaetologica. A diversidade e o número dos Oligochaeta hoje em dia é muito grande para um só pesquisador trata-los adequadamente. Assim, deciciu-se que o projeto poderia ser melhor atingido com os esforços conjuntos de um especialista em oligoquetos aquáticos (DGC) e de um em oligoquetos terrestres (JWR).

    Durante os últimos dois anos revimos as entradas e tentamos continuar a atualizar o manuscrito. Nós contamos, também, com o auxílio de nossos colegas para manter-nos informados sobre as pesquisas com Oligochaeta e para auxiliar-nos a responder questões para as quais não conseguiamos solucoes. Estas pessoas foram anteriormente reconhecidas e nos somos rnuito gratos pelo seu auxílio.

    Utilidade da Nomenclatura Oligochaetologica

    A Nomenclatura Oligochaetologica deverá ser de grande valia para aqueles relacionados com problemas taxonômicos em Oligochaeta. Pesquisadores envolvidos em revisões sistemáticas podem agora localizar facilmente as citações originais e descrições de tipos. Podem também notar as translocações genéric as de qualquer espécie. O texto dará grande assistência para os que estão descrevendo novas espécies ou gêneros de Oligochaeta, pois aqui, em um livro, encontra-se uma lista de nomes já empregados anteriormente e assim ocupados, inválidos, ou não disponíveis. Zoólogos o mesmo exemplo do Nomenclator taxonomistas e sistematas não serão os únicos que podem querer consultar este catálogo. Muitos campos relacionados requerem a história nomenclatorial e a posição de uma determinada espécie; agrônomos, aquacultores, ecólogos, biólogos ambientais, etólogos, fisiólogos, filogeneticistas, zoólogos do solo e zoogeógrafos, para mencionar alguns poucos, estão entre nossos leitores potenciais.

    Como usar a Nomenclatura Oligochaetologica

    Quando urn formato publicavel já foi deidido, os autores procuram empregar um sistema que resista ao teste do tempo. Por esta razão, todos os arranjos sistemáticos ou evolutivos foram abandonados em favor do sistema alfabético. Após o volume original, os autores esperam publicar suplernentos a cada 5-10 anos, para fazer correções ou adições às entradas originais e para incluir espécies omitidas, bem como adicionar espécies descritas no ínterim.

    No Nomenclatur Generum, os nomes dos gêneros usados para os Oligochaeta, e variações de suas grafías encontradas na literatura, são apresentadas em ordem alfabética, Usando a sexta entrada para examinar o texto encontramos:

    Adelodrilus Cook, 1969; Biol. Bull. 136(1): 13; Typ:A. anisosetosus Cook, 1969.

    O gênero Adelodrilus foi descrito por David Cook em 1969 no The Biological Bulletin, volume 136, numero 1, página 13. Ele selecionou Adelodrilus anisosetosus como tipo para o gênero Adelodrilus. As explicações para as abreviaturas do autor e da literatura encontram-se nos Appendices I e II, respectivamente.

    Nos continuaremos com o mesmo exemplo para ilustrar o formato do Nomenclator Specierum,

    anisosetosus, Adelodrilus Cook, 1969; Biol. Bull. 136(1): 13; USNM 38251-2.

    A espécie A. anisosetosus foi descrita por David Cook em 1969 no The Biological Bulletin, volume 136, mimero 1, página 13. Os tipos estão depositados no United States National Museum sob os números de catálogo 38251 para o holótipo e 38252 para os parátipos. As explicacões para as abreviaturas do autor, literatura e museu encontram-se nos Appendices I, II e III respectivamente.

    As espécies e divisões inferiores estão listadas, no Nomenclador Specierum, alfabeticamente, sob o binômino ou polinômino original. O autor citado refere-se sempre ao nível taxonõmico mais inferior. Por exemplo, nos seguintes cas os:

    penetralis var. Pheretima campanulata Gates, 1931.

    A variedade Pheretima campanulata var. penetralis foi descrita por Gates em 1931. Procurando-se sob a espécie campanulata, encontra-se a seguinte entrada

    campanulata, Perichaeta Rosa, 1890.

    Assim, a espécie hoje conhecida como Pheretima ou Metaphire campanulata foi originalmente descrita por Rosa no gênero Perichaeta. Esta entrada serve também para a subespécie ou variedade P. campanulata campanulata Rosa, 1890 ou P. campanulata var. typica Rosa, 1890. Os autores acreditam que, no caso de subespécies ou variedades, é desnecessário incluir o autor da espécie original, uma vez que se encontra em outro ponto do texto. Pensou-se também que a designação da subespécie nominativa está subentendida. A inclusão destas duas indicações no texto, iria unicamente aumentar o seu tamanho, sem adicionar qualquer informação nova.

    Quando é usado um nome novo para divisões inferiores ao nivel de espécie, as entradas estão indicadas na seguinte ordem: forma (f.), mutante (m.), raça (r.), subespécie (ss.) e variedade (var.). Esta ordem foi usada apenas para manter a disposição alfabética e não indica qualquer prioridade taxonômica na situação de cada uma destas divisões. De acordo com o International Code of Zoological Nomenclature, o grupo-espécie inclue unicamente as categorias específica e subespecífica (Article 45 (a)). Para ser completo e evitar quaisquer problemas futuros, todas estas divisões infra-subespecíficas estão incluidas. Pois, no futuro pode ser sugerido que uma forma, variedade ou raça de uma dada espécie deva ser elevada à categoria de espécie. Neste caso, é desejavel manter o mesmo nome para a espécie, caso seja utilizavel, de modo a evitar qualquer confusão na já complexa história nomenclatorial dos Oligochaeta. Por esta mesma razão, é desejavel evitar qualquer nome para uma espécie nova, num gênero ou num gênero intimamente relacionado, quando o mesmo nome já foi empregado anteriormente para uma categoria infra-subespecífica, na eventualidade de que elas possam, em algum tempo, ser congenéricas.

    No Nomenclatur Specierum encontram-se, também, entradas como as seguintes:

    aberratus, Anteus Mich., 1900; Thamnodrilus, Rhinodrilus; Arch. Naturg. 66(1): 263; ZMUH 8507.

    A espécie Anteus aberratus foi descrita por Michaelsen em 1900. Desde a descrição original, Michaelsen e/ou outros investigadores colocaram esta espécie, em algum tempo, em Thamnodrilus e Rhinodrilus. Em alguns casos, é possivel que a espécie esteja, agora, de volta ao gênero em que foi descrita originalmente. Não, é a finalidade deste texto fazer julgamentos taxonômicos. Evitamos indicar onde uma espécie possa ser colocada hoje, pois cada investigador pode ter uma opinião diferente sobre a posição genéric a corrente. Para as subsequentes posições genéricas, abandonamos a listagem alfabética em favor da cronológica. Por exemplo, Anteus aberratus foi rernovida de Anteus e colocada em Thamnodrilus antes de ser colocada em Rhinodrilus. É possivel, em alguns casos, que uma espécie possa ter retornado ao gênero original entre a segunda e a terceira mudanças genéricas; exemplo, Anteus aberratus para Thamnodrilus, para Anteus novamente e então para Rhinodrilus. Nosso auxílio é unicamente para mostrar em quais gêneros uma espécie tem sido colocada.

    No caso de lista múltipla de tipos, a prirneira entrada representa o holótipo, se algum foi designado, e as seguintes as séries tipo. Por exemplo, no caso de

    ablata var. Pheretima sedgwicki Ude, 1905; Z. Wiss. Zool. 83: 405; MNHU 3063, 3061, 3065.

    o especimem 3063 é o holótipo e 3061 e 3065 são parátipos no Museum für Naturkunde der Humboldt Universität in Berlin.

    Quando dois ou mais museus são mencionados, em qualquer entrada, o holótipo ou a principal série-tipo encontra-se na primeira instituição mencionada.

    Os autores sabem, por experiência, que em muitos meseus e coleções particulares, são possíveis empréstimos a especialistas, para seus estudos taxonômicos. Como muitos museus não dispõem de um oligoquetólogo entre seu pessoal, nós acreditamos que a inclusão do número de catálogo, após o código do museu, será de grande auxílio para o pessoal do museu atender à solicitação de qualquer investigador.

    Durante a obtenção de dados para a Nomenclatura Oligochaetologica, verificou-se que uma coleção importante não envia seus tipos em ernpréstimo. Os espécimens da coleção particular do Dr. S. Hrabě de Brno são disponíveis aos especialistas para exame, mas, em muitos casos, o investigador deve ir a Brno para examinar os espécimens. Pelo que os autores sabem, a maioria das demais coleções enviam seus especimens tipo para exame, pelo correio registrado.

    Há várias anotações seguindo algumas das entradas genéric as e específicas, o uso de Typus non designatus significa que o autor e possivelmente o primeiro revisor não designaram o tipo. No caso de Typus in auctoris collectione ou Typus-auctoris collectio indica, na maioria dos casos, que o autor não está relacionado com uma instituição importante e/ou, que tem muitopoucos tipos para requerer urn código especial no Appendix III.

    Duas frases regularmente encontradas são Typus amissus e Typus perditus. A primeira indica que o tipo está atualmente faltando; ele já foi designado e catalogado, mas não pode ser localizado agora, embora possa ainda existir em algum lugar. A segunda é usada quando fomos informados pelo autor ou curador do museu, que o tipo foi destruido e/ou eliminado. Alguns códigos institucionais não estão seguidos por urn número. Exemplo

    argentatus, Mesenchytraeus Nurm., 1970; Ann. Zool. Fenn. 10: 405; HUZM.

    The Zoological Museum da Helsinki University não tem número de catálogo para seus tipos. Quando nenhum tipo é mencionado, exemplo

    acanthinurus, Thamnodrilus Cogn., 1904; Boll. Mus. Torino 19(474): 10.

    nós não dispomos de inforrnações referentes à presente localização do tipo ou qualquer informaçãe indicando que o tipo está faltando ou que foi destruido.

    O primeiro volume da Nomenclatura Oligochaetologica contem 573 entradas no Nomenclator Generum e 5753 entradas no Nomenclator Specierum. Os autores acreditam firmemente que, por mais tempo e esforço que eles dediquem, este projeto não poderá nunca estar completo. Com isto em mente, eles apresentam o primeiro volume da Nomenclatura Oligochaetologica e pedem a seus colegas e instituições que abriguem tipos de oligoquetos, para informa-los de quaisquer erros e ornissões. É o desejo dos autores produzir suplementos a cada 5-10 anos, para atualizar este volume e corrigir erros e omissões. – J.W.R. e D.G.C. (1976)
    {Traduzido por: Gilberto Righi – Universidade de Sāo Paulo}

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    PROLEGOMENON

    como se presenta en Nomenclatura Oligochaetologica Supplementum Primum (Reynolds e Cook, 1981: 8-9)

    No original da Nomenclatura (Reynolds & Cook, 1976) (daqui em diante citada como N.O.), tentamos catalogar todos os nomes genéricos, específicos e infra-específicos usados para os Oligochaeta desde a 10° edição do Systema Naturae de Linneu (l758) até 31 de dezembro de 1975; para cad a nome citamos a descrição original e reportamos o que era co n hecido sobre o(s) espécimen(s)-tipo. Em 1976 a N.O. continha 573 entradas no Nomenclator Generum e 5753 no Nomenclator Specierum. Este primeiro suplemento da N.O. indue novos taxons descritos entre 1 de janeiro de 1976 e 31 de dezembro de 1980, taxons descritos antes de 31 de dezembro de 1975 forém omitidos da N.O. e correções que nos foram gentilmente sugeridas por colegas; ele contem 47 entradas no Nomenclator Generum e 401 no Nomenclator Specierum.

    A introdução à N.O. indue (nas seis linguas de conferências) tópicos como um breve retrospecto dos principais sistematas dos Oligochaeta, uma história do desenvolvimento da N.O. e a maneira de usá-la. Como a N.O. foi publicada há apenas 5 anos, estas informações são ainda atuais e não serão repetidas. Os mesmos très apèndices usados na N.O. são também usados aquí: o Index Auctorum contem novas entradas e nomes inteiros que estavam incompletos na N.O.; o Index Auctoritatum lista apenas as revistas (e outras fontes) que não foram induidas na N.O.; e o Index Museorum indue novos depositários de tipos e mudanças dos curadores (ou contatos) listados na N.O. Várias anotações são usadas freqüentemente em seguida às entradas da Corrigenda Editioni Primae, seção do Nomenclator Specierum. Typus locatus in significa que os tipos foram listados como omissos ou desconhecidos na N.O. e agora foram localizados. No caso de Typus quoque locatus in, apenas parte da série-tipo foi listada no livro original e agora foi localizado o restante da série-tipo. Typus trans latus ad é usado para designar os novos dcpositários, i.é. os tipos foram transferidos para um novo local. Lapsus calami pro designa erros tipográficos ocorridos na N.O.

    Desde a publicação da N.O., très novas superfamílias e quatro novas famílias (marcadas com asterístico abaixo) foram reconhecidas dentro da subordem Lumbricina. Neste suplemento assinalamos gêneros para as seguintes famílias (Branchiobdellidae e Aeolosomatidae estão excluidas por razões apresentadas na N.O.)

    • Ordem Lumbriculida
        • Família Lumbriculidae
    • Ordem Moniligastrida
        • Família Moniligastridae
    • Ordem Haplotaxida
      • Subordem Haplotaxina
        • Família Haplotaxidae
      • Subordem Tubificina
      • Superfamília Tubificoidea
        • Família Tubificidae
        • Família Phreodrilidae
        • Família Dorydrilidae
        • Família Naididae
        • Família Opistocystidae
      • Superfamília Enchytraeoidea
        • Família Enchytraeidae
      • Subordem Lumbricina
      • Superfamília Alluroidoidea
        • Família Alluroididae
      • Superfamília Criodriloidea*
        • Família Criodrilidae
      • Superfamília Lumbricoidea
        • Família Lumbricidae
        • Família Sparganophilidae
        • Família Komarekionidae
        • Família Diporochaetidae
        • Família Ailoscolecidae
        • Família Hormogastridae
        • Família Lutodrilidae*
      • Superfarmília Biwadriloidea*
        • Família Biwadrilidae*
      • Superfamília Glossoscolecoidea*
        • Família Glossoscolecidae
        • Família Kynotidae*
        • Família Microchaetidae
        • Família Almidae*
      • Superfamília Megascolecoidea
        • Família Megascolecoidae
        • Família Ocnerodrilidae
        • Família Acanthodrilidae
        • Família Octochaetidae
        • Família Eudrilidae

     

    Algumas mudanças na classificação resultaram da descoberta de espécies anteriormente desconhecidas e outras devido ao uso de técnicas mais descriminantes. Lutodrilidae, que contem apenas Lutodrilus multivesiculatus McMahan, 1976, foi descrita após a publicação da N.O. Biwadrilidae e outra família mono-específica, cujo tipo é Biwadrilus bathybates (Stephenson, 1917). Kynotidae contem cerca de uma dúzia de espécies, que estao, no mesmo gênero, Kynotus. A última família nova a ser incluida neste esquema, Almidae, contem 6 gêneros: Alma, Callidrilus, Drilocrius, Glyphidrilus, Glyphidrilocrius e Areco.

    A classificação supragenérica dos oligoquetos microdriles permanece imutavel, mas a atividade sistemática em alguns grupos tem sido intensa. Dois pontos mais proeminentes devem ser mencionados. Christer Erséus está encontrando no mar uma fauna de tubiflcides diversa e anatomicamente interessante. Loden & Harman (1980) demonstraram que algumas naidides produzem cerdas morfologicamente diferentes em resposta a diferentes condições ambientais; uma “espécie” foi transformada em outra pela manipulação da concentração iônica na agua do reservatório. Esta variação fenotípica e a possivel ocorrência de espécies críticas, que são agora conhecidas em outros anelídeos (Grassle & Grassle, 1976), representam duas fontes adicionais de dificuldades para o taxonomista dos oligoquetos e podem indicar a necessidade de uma reavaliação critica de alguns caracteres específicos de uso corrente.

    Duas reuniões importantes de sistematas dos oligoquetos ocorreram desde a publicação da N. O. e ambas resultaram em propostas concretas, visando abordagens cooperativas para solucionar problemas taxonômicos e proporcionar estabilidade nomenclatorial.

    Concebida no Segundo Colóquio Europeu sobre Anelídeos do Solo (Jaca, Espanha, 1975) e fundada em junho de 1976 no Institut für Bodenbiologie (Braunschweig, Alemanha), a Organização Internacional dos Taxonomistas de Oligochaeta tern os seguintes objetivos: promover a cooperação e troca de informações entre os estudiosos de todos os aspectos da Oligoquetologia, especialmente organizar encontros e assistir na publicação dos resultados de pesquisas oligoquetológicas, encorajar pesquisas sobre problemas bem conhecidos e iniciar a preparação de listas julgadas necessárias. O comitê eleito para dirigir as atividades da organização e o seguinte: Dr. A. Zicsi (Budapeste) – Presidente, Dr. O. Graff (Braunschweig) – Vice-Presidente, Dr. M. Dzwillo (Hamburgo) – Secretário-Adjunto para os Oligochaeta Aquáticos e Sr. R. W. Sims (Londres) – Secretário-Adjunto para os Oligochaeta Terrestres.

    O primeiro Simpósio Internacional sobre Biologia dos Oligochaeta Aquáticos, idealizado no congresso trienal da Associação Internacional de Límnologia Teórica e Aplicada (Copenhage, Dinamarca, 1977), ocorreu em Sidney, Colúmbia Britânica, Canadá, em maio de 1979 e seus resultados estão publicados (Brinkhurst & Cook, 1980). Brinkhurst (op. cit. p. 512) reconheceu a necessidade da deliberação em grupo dos váries problemas taxonômicos e propôs que, para cada família de microdrile, se deveria estabelecer um comitê de especialistas a fim de buscar e confrontar opiniões sobre publicações específicas (muitas das quais são idênticas). Alguns comitês já estão ativos e os pesquisadores interessados são convidados a contatar com o Dr. R. O. Brinkhurst (Sidney, B.C.) para informações adicionais.

    Como dissemos na N.O., é nosso prcpósito publicar suplementos a cada 5 a 10 anos para atualizar e corrigir o volume original (obtenível na University of New Brunswick Book Store, P.O. Box 4400, Fredericton, N. B., Canada, E3B 5A3, por Can. $15) e seus suplementos. [Isto não é mais correto como a Livraria UNB expediu os livros sem informar o autor sênior.] A fim de continuar este trabalho, pedimos novamente a nossos colegas informar-nos de erros ou omissões. – J.W.R. e D.G.C. (1989)

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    PROLEGOMENON

    como se presenta en Nomenclatura Oligochaetologica Supplementum Secundum (Reynolds e Cook, 1989: 4)

    In Nomenclatura Oligochaetologica (Reynolds and Cook, 1976) (daqui em diante citada como N.O.), tentamos catalogar todos os nomes genéricos e infra-específicos usados para os Oligochaeta, desde a 10o edição do Systema Naturae de Linneu (1758) até 31 de dezembro de 1975; para cada nome citamos a descriçao orignial e reportamos o que era conhecido sobre o(s) espécimerusj-tipo. Em 1981, publicamos 0 primeiro suplemento do N.O. (Reynolds and Cook, 1981) (daqui em diante citado como N.O.S.P.), atualizando os nomenclators genéricos e específicos até 31 de dezembro de 1980 e corringindo os erros e ommissoes do N.O. Este segundo supplemento corrige e atualiza as informaçoes até 31 de dezembro de 1988 e, pela primeira vez, fornece um apêndice de nomes subgenéricos.

    Cremos ser desnecessário reiterar os objectivos do N.O. ou as explanações dos termos e de seu emprego, que,juntamente com a matéria afim, são abordados no N.O. e no N.O.S.P., e sem os quais este segundo suplemento teria pouco significado.

    Há sete famílias a acrescentar à lista in N.O.S.P.:

    • Ordem Lumbriculida
        • Família Kurenkovidae Sokolskaya [‘Kurenovidae’ (sic) – N.O.S.S., pp. 1, 2, 3, 4, 5, 6]
    • Ordem Haplotaxida
      • Subordem Haplotaxina
        • Família Tiguassidae Brinkhurst
      • Subordem Tubificina
        • Família Lycodrilidae Svetlova
        • Família Capilloventeridae Harman et Loden
        • Família Narapidae Righi et Barela
        • Família Randiellidae Erséus et Strehlow
      • Subordem Lumbricina
        • Família Labatocerebridae Reiger

     

    Os nomes genéricos estão agora incluídos no nomenclator e, como gêneros, foram consignados a uma família, com notas remissivas aos gêneros a que têm sido variadamente atriubuídos. É importante notar que, para fins nomenclaturais, os nomes subgenéricos concorrem entre si pela prioridade em igualdade de circumstâncias com os nomes genéricos.

    É nosso propósito continuar a publicar suplementos a cada 5 a 10 anos, para atualizar e corrigir o N.O. (obtenível na University of New Brunswick Book Store, P.O. Box 4400, Fredericton, N.B., Canada E3B 5A3, por Can$15). [Isto não é mais correto como a Livraria UNB expediu os livros sem informar o autor sênior.] A fim de continuar o presente trabalho, pedimos novamente a nossos cole gas que nos informen dos erros ou omissões, e que enviem ao autor sênior cópias de suas publicações nomenclaturalmente relevantes. – J.W.R. e D.G.C. (1989)

    BibliografiaLinnaeus, C. 1758. Systema Naturae. Holmiae. 10e edicao.

    Reynolds,J.W. and D.G. Cook 1976. Nomenclatura Oligochaetologica: a catalogue of names, descriptions and type specimens of the Oligochaeta. University of New Brunswick, Fredericton. 217 p.

    Reynolds, J.W. and D.G. Cook. 1981. Nomenclatura Oligochaetologica: Supplementum Primum. A catalogue of names, descriptions and type specimens of the Oligochaeta. University of New Brunswick, Fredericton. 39 p.

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    PROLEGOMENON

    como se presenta en Nomenclatura Oligochaetologica Supplementum Tertium (Reynolds e Cook, 1993: 2)

    Este terceiro suplemento (N.O.S.T.) da Nomenclatura Oligochaetologica (N.O.) atualiza (Addenda Editioni Primae) e corrige (Corrigenda Editioni Primae) os nomes genéricos, subgenéricos, específicos e infra- específicos dos oligochaeyes publicados até 31 dezembro de 1992. Os genera são afetados às mesmas 35 famílias (infra, p. 4) reconhecidos no segundo suplemento (N.O.S.S.); as únicas mudanças sistemáticas são a separação da Enchytraeidae da Tubificina para a sua própria subordem monofamiliar, a separação de quatro famílias em três novas superfamílias [Jamieson, 1980; Rev. Écol. Biol. Sol 17(2): 261-275] e a nova família Propappidae [Coates, 1986; Proc. Biol. Soc. Wash. 99(3): 417-428].

    Eis a seguir urn sumário das entradas dos grupos taxonômicos dos quatro volumes existentes até à data:

    N.O. N.O.S.P. N.O.S.S. N.O.S.T.
    Nomes Genéricos 573 47 73 46
    Nomes Subgenéricos –– –– 34 6
    Nomes Específicos 5,753 401 694 406

    O nosso objetivo é produzir suplementos todos os 5 a 10 anos. O N.O. e o primeiro suplemento (N.O.S.P.) estão disponíveis na seguinte livraria universitária: University of New Brunswick Bookstore, P.O. Box 4400, Fredericton, NB, Canada E3B 5A3, ao preco de Can$20 (inclusive de IVA). [Isto não é mais correto como a Livraria UNB expediu os livros sem informar o autor sênior.] Os N.O.S.S. e N.O.S.T. estão disponíveis gratuitamente através do seguinte museu: New Brunswick Museum, 277 Douglas Avenue, Saint John, NB, Canada E2K 1E5. Para dar continuidade a este trabalho, mais uma vez solicitamos aos nossos colegas que nos comuniquem quaisquer erros ou omissões e que enviem ao autor cópias de suas edições de relevância nomenclatural. – J.W.R. e D.G.C. (1993)

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